2009/04/27

Ai o meu canário

Já passou algum tempo mas continuo a pensar da mesma forma... na Loja do Cidadão de Faro foi proibido (tipo regulamento interno) usar saias muito curtas, camisolas decotadas, gangas, saltos altos, roupa interior escura, perfumes agressivos e sapatilhas.
O que foram fazer, pára tudo que temos aqui um problema gravíssimo.
Mas qual é o problema de haver regras?
Não querem?
Não aceitam trabalhar lá.
Apesar de achar uma ou outra regra um pouco exageradas, principalmente a proibição das calças de ganga, não vejo porque seja um problema, aliás, o verdadeiro problema é precisamente a ausências de regras.
Por exemplo eu, funcionário da Loja do Cidadão de Faro, como não estamos na Escócia e aqui por tradição os homens não usam saias ou mini-saias levaria vestido uns calções curtinhos para o meu trabalho... seria aceitável?
Ou um decote?
Pois foi, brinquei com o assunto que até estava sério, não devia mas brinquei.
Muito bem, outro exemplo, uma professora, boazona ou nem por isso, deverá levar um bom (leia-se grande) decote e porque não uma camisa branquinha assim para o transparente e um soutien bem colorido para as aulas?
Mas vamos para os homens professores, podem usar saltos altos?
Está escrito ou não que não podem?
Qual é o problema de haver regras?

O novo cartaz do PSD leva-me a duvidar:

- olhando assim de repente a imagem de fundo (escrevi de fundo e não defunto) lembra-me um quadro de giz, quererão Manuela Ferreira Leite e o PSD piscar o olho aos professores que ao que parece andam descontentes?
- ainda não percebi bem se será este o cartaz para as eleições europeias;
sendo a líder do PSD uma economista poderá muito bem ser um cartaz único, servirá para as eleições europeias e para as eleições legislativas, poupa assim alguns euros e também poupa os portugueses de terem que levar com Paulo Rangel também em outdoors.
- "Política de Verdade"
ainda existe ou alguma vez existiu?
já sei... já sei... se não estás contente faz por isso mas quem me define política de verdade s.f.f.?
- também não deu para perceber se o cartaz foi mal colado ou se serão mesmo rugas.
a piada não é original mas não resisti.

2009/04/24

Blog de Escuta #17

Natalie Merchant é/tem uma das minhas vozes favoritas, esteve mais de uma década com os 10.000 Maniacs e sai para uma carreira solo da melhor maneira com este Carnival.
Destaco também o trabalho notável do guitarrista neste mesmo tema mas na versão de estúdio gravada no álbum, nesta versão ao vivo a prestação não é tão brilhante ficando muito distante do feeling e da subtileza da referida versão de estúdio.
Fica o desejo de estar ocasionalmente em N.Y.C. e entrar num daqueles clubes de jazz famosos e por felicidade estar esta senhora em palco.
interprete: Natalie Merchant tema: Carnival álbum: Tigerlily ano: 1995

2009/04/19

Blog de Escuta #16

Se fosse correcto escrever que cada pessoa terá o álbum da sua vida, fazendo de conta que pequenas coisas banais como um simples disco pudessem ter importância capital na nossa existência, elegia o The Wall dos Pink Floyd ligeiramente à frente do Misplaced Childwood dos Marillion.
Tinha 7 anos quando saiu (1979) e nesta altura quase não tinha acesso a este tipo de música em virtude da própria idade, digamos que tinha um gira-discos meuzinho da Silva mas ouvia o que havia lá em casa, nem tão-pouco tinha muito interesse por este tipo de música.
10 anos mais tarde consigo o dinheirito para comprar o famoso The Wall, era caro um álbum duplo se bem me lembro uns dois contos e tal, e tive finalmente acesso ainda que com uma década de atraso a uma verdadeira maravilha da música (claro que durante este intervalo de tempo fui ouvindo algumas das músicas na rádio, TV ou em cassetes de amigos, conhecia-as mas não as podia ouvir quando queria).

Este tema teve o condão de me fazer sonhar que um dia teria uma banda e que a guitarra seria o meu instrumento... e consegui.

Guardo nas minhas boas memórias o esforço monetário que eu e a Soraia fizemos para que o concerto de Alvalade em 1994 fizesse parte integrante do programa das nossas 1ªs férias... e conseguimos.
O álbum da minha vida e o solo de guitarra da minha vida aqui:
banda: Pink Floyd tema: Confortably Numb álbum: The Wall ano: 1979
p.s. este vídeo foi gravado no concerto Live 8 (2005) marcado pelo regresso pontual e apenas para este fim de Roger Waters aos Pink Floyd desde a sua pouco pacífica saída em 1985.

2009/04/14

O Segredo

Sempre nutri alguma desconfiança dos elementos do sexo masculino que trabalhassem em lojas de pronto-a-vestir e salões de cabeleireiro femininos, especialmente se estes fossem os respectivos proprietários, não me refiro aos proprietários que investiram nessas dignas actividades com as respectivas esposas, isto é, os apenas sócios capitalistas mas sim aos que sempre sonharam com isso. Pensava… que motivação terá um macho em abrir um salão de cabeleireiro feminino ou um pronto-a-vestir? … “ai essas calças assentam-lhe muito bem… não sei realça-lhe as ancas”... e aí ficava eu tipo aqueles carrinhos a pilhas que vão contra as paredes e andam para trás e voltam novamente contra as paredes. Apesar da introdução ser provocadora e poder merecer os mais ácidos comentários não vejam nestas observações apenas profunda estupidez minha ou preconceito mas sim uma reflexão acerca do assunto num contexto temporal compreendido entre a 2ª metade da década de 70 e a primeira metade da década de 90, não entro noutras épocas anteriores porque não as vivi e não sigo mais para a frente porque creio não ser tão evidente dado a evolução do nosso Portugal. A muito obrigou a sociedade portuguesa (não só a nossa) aos desde sempre homossexuais, casavam-se para poderem viver o seu “segredo” pelo menos de uma maneira mais tranquila e certamente procuravam as profissões que melhor os aproximassem da sua felicidade. Viviam respeitosamente. Há uns dias soube do falecimento de uma dessas pessoas misteriosas, O Sr. S. tinha um salão de cabeleireiros que a minha avó frequentava, Sr. de uma simpatia invejável e o qual não poderei nunca esquecer do facto deste nunca ignorar-me… cumprimentava-me sempre apesar dos meus 4 ou 5 anos de idade… a mim e a todos, além disso permitia que a minha avó (doméstica) pudesse vender os seus bolos caseiros que só as avós sabem fazer no seu salão e com isso pudesse também ela contribuir monetariamente para o orçamento familiar. Dei por mim a reflectir sobre o que essas pessoas terão sofrido, o que tiveram que ouvir, e que de facto eram forçados a ocultar as suas orientações, quem as pode condenar?
Neste momento e no contexto actual, com as liberdades entretanto conquistadas, com a evolução das mentalidades, tenho ainda assim alguma dificuldade em saber se continua ou não a ser uma minoria corajosa a assumir e que a única diferença reside no facto de já não terem que casar no resto continuam na mesma opressão.

Páscoa, morte e ressurreição de Cristo para uns, 3 ou 4 dias sem trabalhar para outros, vendas um pouco mais animadas para... os outros.
Não estarei muito errado se disser ou escrever que mesmo para os não crentes na religião católica quer a Páscoa quer o Natal poderão ser encarados como sinónimos ou símbolos de paz.
Certo?
Num dos inúmeros ovos de chocolate que as minhas filhas receberam, todos com brinde dentro claro está (no meu tempo não havia brinde... e ora aqui está um case study para o marketing... a Kinder alterou o conceito de ovo... ovo que é ovo tem que ter brinde) sai esta maravilha de brinde...
"Papá o que é isto?"
"É um tanque de guerra filha."
"O que é um tanque de guerra?"
"É uma espécie de automóvel muito grande mas que destroi tudo o que lhe aparece à frente... uma máquina destruidora."
"Huhh.. não gosto... queres ficar com ele ou deito fora?"
"Deita fora."

2009/04/08

Férias

Será possível uma família composta por 2 adultos e 2 crianças estarem mais de uma semana de férias (9 dias) e gastarem menos de 47.00€?
É possível.
Com jeitinho gastaríamos ainda menos que isso... curiosamente estamos todos de perfeita saúdinha e felizes, claro que saberíamos onde gastar nesse mesmo período 100 vezes mais o que certamente faria com que as férias fossem mais divertidas mas é melhor assim.
É/foi melhor assim porque não gastámos o que temos e especialmente não gastámos o que ainda não temos, na prática ajudámos a agudizar a crise ao não consumir mas o que querem?
Esta tendência é para continuar por tempo indeterminado sem prejuízo de umas cervejinhas, tremoços e amendoins para familiares e amigos nos finais de tarde solarengos que se avizinham numa esplanada bem perto de vós... só há um probleminha... as 20h tenho uma consulta.

-Lázaro. - Qué que foi? - Levanta-te Lázaro. - Deixa-me estar. - Não sejas lazarento... Lázaro. - Oh hum... agora não posso... estou a ouvir música no mp3 que me deram no meu aniversário. - Levanta-te e vai mas é escrever qualquer coisa no blog.