A vida é bela... e as torneiras também.

In a sunny spring day of 1986 I was about to accomplish my 14th anniversary, I was looking out for a gift for my father’s birthday in the streets of Lisbon with my favorite aunt.
It was for sure the “no money years” so I did need my aunt around to pay the gift, it was symbolic because the main one was me… I was born in the same day of his birthday… this fact made me always proud and I did never forget to tell it to everyone.
The famous “I was born in the same day of my father’s birthday” remains till today.
At that time in the most beautiful train station of Lisbon (Rossio) we did have always a solution for a gift… “let’s go to that one”… my choice was a disc store, I was looking for a 45rpm in the “W” music-stand, I was looking for my favorite song “The Whole of the Moon” from the Waterboys.
As a matter of fact that single intended to be not only a gift for my father but also for myself and I saw no crime at all with that.
I did found it.
When I was prepared to pay for it her voice almost shot me down “that song is not bad but I prefer this one and I think your father too”!
I was without reaction for a few seconds in a frustrated attempt that she paid for it and forgot that nightmare choice, her choice, but no success. Inside my head I was screaming, I was furious, OH NO, FEARGAL SHARKEY…. NO PLEASE NO… that guy with a strange face… a guy that almost looks like a blonde girl with that hair…. NO PLEASE NO.
I prefer everything about the Waterboys and his mentor Mike Scott instead of Feargal Sharkey, I rather prefer the songs… that voice… the black Ovation guitar… the attitude… the hair… and of course the lyrics… despite of my only 2 or 3 years of English school “The Whole of the Moon” lyrics was far better than the annoying “… and good heart these days is hard to find…”.
No way… the money wasn’t mine so I brought home “A Good Heart” to give to A GOOD HEART as a birthday gift, I don’t know how but she stills my favorite aunt and believe me… I have a lot of aunts.
She forced me to bring home Feargal Sharkey instead of Mike Scott… it’s not fair.
Later, as a revenge, I don’t have one but three “Whole of the Moon”… in the “This is the Sea” album, in the “Best Of 81-90” and in the “T.W.O.T.M. The Music from Mike Scott and the Waterboys”.

2009/10/30

Blog de Escuta #23

Uma versão actualizada de uma grande canção dos anos 80, um dueto de Alisson Krauss com John Waite que após 25 anos continua em excelente forma.

2009/10/27

Blog de Escuta #22

2009/10/22

"Cala-te pá"

Na minha “carreira” musical muitos episódios engraçados sucederam, o que agora vos conto decorre numa fase muito forte do nosso percurso em que as actuações surgiam regularmente e bem pagas contrariamente ao estatuto de banda desconhecida.
O espectáculo estava agendado para as festas da Amadora, íamos tocar num campo de futebol com os GNR, Santos & Pecadores e com a Fúria do Açúcar, 4 bandas numa só noite, era o tempo dos saudosos bons orçamentos das Câmaras Municipais.
Estávamos de facto ansiosos com essa actuação.
O problema com as entidades patronais de cada um de nós ficou resolvido com 2 dias de férias e assim lá partimos todos catitas num monovolume com motorista e tudo.
Normal seria que, ao passarmos por Leiria, a temperatura subisse uns 2 graus mas naquele dia baixou e surgiram umas nuvens cinzentas como pré-aviso de que algo não iria correr muito bem, nada abalava o nosso entusiasmo, chegados ao recinto o ego aumentou ainda mais… inesperadamente o público que já lá estava gritou e bateu palmas mal saímos da Sharan.
Depressa perceberam que não eram as ilustres vedetas que tocariam nessa noite mas sim os menos famosos de todos ainda assim continuaram com as palmas e com cânticos usados em jogos de futebol… estávamos radiantes… queríamos tocar.
As nuvens decidiram confirmar o pré-aviso e começou a chover em pleno sound-check dos GNR.
O sound-check é o “fazer som” antes das actuações para que tudo fique equilibrado e soe bem, os últimos a actuar são os primeiros a fazer o som e por essa ordem seríamos os últimos a fazer som porque iríamos ser os primeiros a actuar.
Na música ao vivo o estatuto é medido assim o último a tocar é habitualmente a banda mais consagrada.
A chuva atrasou tudo, mesas de som e restantes aparelhagens tapadas em stress, o público que nos aplaudiu desapareceu do local mas o pior estava para vir, a Fúria do Açúcar e nós apesar de integralmente pagos não actuaríamos nessa noite devido ao grande atraso no sound-check.
Eu estava profundamente triste com a situação, tinha divulgado tanto e orgulhosamente o evento que tinha grande parte dos familiares lisboetas na assistência, era daqueles dias em que musicalmente sabíamos que iria correr bem.
Depois do jantar com os Santos & Pecadores e com a Fúria do Açúcar e depois de assistir às actuações dos eleitos decidimos ir para o hotel, como rapazolas poucos tinham tido a experiência prévia de ter estado num hotel de 4 estrelas… tudo era novo e espectaculamente grandioso.
Na manhã seguinte o nosso manager Rui Martins foi fazer o check-out, vendo-o muito perturbado dirigi-me a ele e perguntei-lhe o que se passava… “eh pá um dos quartos tem um adicional de oito contos e tal de HOT TV e MINI BAR”… “andam a brincar pá?”… "nunca viram umas mamas?"... “não sabem que isto é caro pá?”.
A cara de aflitos de uns denunciou-os, os restantes riam perdidos, e ele lá continuou dirigindo-se ao balcão “vieram a Lisboa ver HOT TV e esvaziar o MINI BAR e o Rui é que paga”.
“Oh Rui só vimos um bocadinho”
“Cala-te pá”
P.S. Alguns anos mais tarde a cena (mais ou menos igual) repetiu-se mas num contexto diferente da minha vida.
Para quem ainda não conhece o blogue dos Icon Vadis pode ler esta e outras histórias AQUI.

2009/09/10

Que Mulher !??!

Depois de uns dias em "Marrocos" na companhia de um português e de um basco é com enorme alegria que verifico que vou ter que arrumar a urna do blogue que entretanto tinha encomendado e que já foi entregue.
Talvez tenha um espaço para ela na garagem.
A actualidade diz-nos que aquela mulher que era um homem é afinal uma mulher depois de suspeitas que poderia ser também homem e mulher, é isto mesmo, a menina consegue sem grande esforço ser mulher.
Até já é capa de revista como mulher depois de ter aparecido em várias outras como homem... perceberam?
Não?
Vejam então a imagem.
Não deixa de ser curioso o facto da mulher ter qualquer coisa de macho até no nome Caster Semenya.

Mais um almoço domingueiro e mais uma deliciosa história/memória dos tempos da África portuguesa, aquela mesa foi feita para 6 mas eu gosto mesmo é daqueles almoços com as habituais 11 pessoas (7 adultos e 4 crianças).

Estão quase sempre lá todos um bocadinho apertados é certo mas muito dificilmente esse detalhe sem importância faz-nos trocar de programa, com o mesmo ritmo que os famosos petiscos do pai Amadeu vão desaparecendo a conversa flui com entusiasmo genuíno e desta vez de entre muitos outros assuntos destaco a tal memória de África.

De facto nunca tinha perguntado como é que uma pessoa que foi para Moçambique (o meu pai) em pouco mais de 3 anos já era sócio da Ferrageira do Alto Maé juntamente com o Sr. João Sampaio, não sendo ele um jovem com dinheiro mas apenas um que como tantos outros tinha ido tentar a sua sorte na ex-colónia… como teria arranjado o dinheiro e o parceiro certo para a tal sociedade?

Para além da vontade e do voluntarismo é preciso ter alguma sorte, e o meu pai teve-a.

Em Novembro de 1964, acabadinho de chegar a Lourenço Marques vindo de Vila Franca de Xira e com 20 anos, o meu pai levava na bagagem um embrulho para ser entregue ao seu irmão mais velho com quem iria viver nos primeiros tempos e cujo conteúdo desconhecia, o mistério seria desvendado nas primeiras horas de África, era um queijo de Évora que para além do tempo que já tinha ainda levou com mais um mês de barco (paquete Moçambique) do Atlântico norte até ao Índico sul.

O produto alentejano aguenta tudo… já todos sabemos.

O queijo era para um senhor também ele oriundo da terra dos campinos, como o meu pai tinha tempo e queria conhecer a cidade o meu tio pediu-lhe para ir entregar o já famoso queijo, e tudo começou assim, quando voltou para casa não só já tinha um emprego como ia ganhar mais do que o meu tio que trabalhava como caixa no Banco Nacional Ultramarino.

O tal senhor era gente importante em Lourenço Marques e porque em tempos o meu pai (em Vila Franca de Xira) tinha feito desinteressadamente um recado a esse mesmo senhor poucos anos mais tarde oferecia-lhe emprego como apontador de obras da Sofil.

A Sofil era uma sociedade de construções que funcionava como grupo, tinha várias empresas associadas que principalmente operavam para fornecer a “empresa mãe”, tinha uma empresa de areias, uma de tintas e mais algumas outras. Faltava contudo à Sofil uma empresa que fornecesse os restantes materiais de construção e ferramentas (o chamado material fino… o grosso são as areias, cimentos, tijolos) e assim foi criada a Ferrageira do Alto Maé tendo sido destacados de outras empresas do grupo os dois principais funcionários.

Um desses funcionários era o meu pai que tinha a responsabilidade do contacto com as pessoas, o outro era o tal Sr. João Sampaio menos de contacto mas nuclear pois ficou responsável pela contabilidade da empresa.

Um trágico acontecimento mudou a vida destas 2 pessoas, um prédio de 15 andares que tinha sido construído pela Sofil tinha caído em Lourenço Marques (na Av. 24 de Julho perto da pastelaria Princesa), uma comissão de inquérito para apuramento de responsabilidades que tinha ido da metrópole decidiu dissolver toda a sociedade dando a oportunidade e o direito de preferência aos seus ex-funcionários de ficarem com as respectivas empresas do grupo.

Com a fundamental ajuda da banca o meu pai e o seu sócio compraram a Ferrageira do Alto Maé por 2 mil contos e conseguiram também uma conta caucionada de outros 2 mil contos e tudo isto a pagar em 3 ou 4 anos… e foi pago.

Decidem investir novamente (sempre com a banca por trás) para poderem comercializar ferro, para que tal fosse possível a Associação dos Ferrageiros (uma espécie de Ordem dos Farmacêuticos) exige a compra de um camião, de uma grua e mais uma infindável lista sempre exigida aos poucos.

Tendo passado não mais de 6 ou 7 anos após a compra da sociedade, depois de pago este novo investimento e quando começavam a distribuir lucros surgem os cravos, a Ferrageira foi nacionalizada e convertida como parte da Dimac voltando tudo ao zero.

Meus amigos vou a banhos, também eu aderi a essa linda moda do querido mês de Agosto, tanto critiquei este oitavo mês do ano que vim cá parar e temo ser difícil sair.
Seja como for os Santos vão de férias por uns dias repetindo a zona onde em 2000 passámos umas das melhores de sempre e sem dúvida as mais económicas (tema obrigatório para 2009... lembram-se na certa deste post).
Até breve.

Os Santos foram à bola novamente.
Desta vez na Catedral num final de tarde de um Agosto com sabor a Fevereiro.
O jogo prometia, em campo o nosso S.L. Maior Clube do Mundo Benfica vs A.C. Milan, no final o que esperávamos... a vitória.
O JoaQuim defendeu 4 penaltis e já está mais um troféu nesta pré-temporada.
Por mim até pode ter sido um joguito a feijões mas só de ver aquele sorriso do meu Pai já ganhei o meu campeonato.

2009/08/07

Traumas

Sabendo que os traumas da colonização portuguesa estão ainda bem presentes nos “nossos” países africanos, nas pessoas que lá viveram e nas que lá ficaram, é Moçambique pelas razões óbvias e conhecidas que me faz parar muitas vezes para pensar sobre tudo e mais alguma coisa.
Deixo-me ir em pensamentos e tentativas de chegar a conclusões que servem para tudo, para preencher a minha mente, para distrair-me, para encurtar os mais de 7.000km de distância, para convencer-me que mais tarde ou mais cedo vou mesmo lá parar.
Neste momento considero-me limpo ou purgado da parte que me tocava desses traumas, a viagem feita em Junho do ano passado serviu quase sem que me apercebesse também para isso, estou livre da carga negativa das imensas e boas histórias vindas de todos os lados, livre das histórias ouvidas durante anos e anos acerca da injustiça da descolonização ou dos bens perdidos.
A fúria colou-se nos bens perdidos mas para mim o pior de tudo foi a grossa fatia cortada à vida das pessoas que eram felizes… eram realmente felizes.
Apesar de me considerar limpo desses traumas e motivado em parte por esta notícia que na realidade deixou-me muito triste e chateado ocupei-me agora a divagar, em jeito de vingança, pelos traumas dos Moçambicanos do lado de lá, dos que actualmente lá vivem, dos nomes das ruas e da designação dos partidos políticos.
Sem qualquer ponta de presunção gostava de ver Moçambique dar mais um passo em frente e exemplar perante os restantes países vizinhos isto porque considero que actualmente não faz qualquer sentido manter-se a designação dos 2 principais partidos.
Porque não mudar?
Frelimo – Frente de Libertação de Moçambique… frente de libertação do quê? Renamo – Resistência Nacional Moçambicana… resistência nacional a quê?
Não estará na altura de virar a página?
O que me deixou triste e chateado na tal notícia e porque sempre fui português mas sem nunca renegar Moçambique, daqueles que até está a pensar em pedir a dupla nacionalidade só mesmo para fazer sorrir o meu coração, foi esta frase:
... a Comissão Municipal de Toponímia da Cidade de Maputo deliberou no ano findo a substituição de todos os topónimos acima descritos na cidade de Maputo. Aliás, no entender da Directora Municipal Adjunta do Planeamento Urbano, Teresa Chissequere, a substituição justifica-se pelo facto de que “as personalidades portuguesas não deram nenhum contributo ao país”.
E mais esta:
... esta substituição visa responder a um dispositivo da valorização da cultura moçambicana e do bem comum do seu povo, pelo que “ a toponímia herdada do tempo colonial remete-nos às mazelas da opressão do nosso povo”.
Do que sempre soube foi que em 1975 tudo o que em Moçambique tinha algum cheirinho a Portugal foi alterado facto esse que até considero perfeitamente normal no contexto da época.
O que já não acho nada normal é a ainda necessidade em "pegar" nisso para justificar o que quer que seja, Moçambique faz e fará o que bem entender de si próprio, eu só quero é que evolua, cresça, progrida e que todos lá vivam melhor.
Se em 1975 "limparam" quase tudo o que cheirava a Portugal em 2009, 34 anos depois, creio que pouco haverá para "limpar".
Se em 1975 os nomes de Mouzinho de Albuquerque, António Enes, Massano de Amorim, Manuel de Arriaga, Miguel Bombarda, Craveiro Lopes, só para citar alguns com maior destaque na cidade das acácias nada diziam a Moçambique pelas razões que bem entendi no seu devido contexto pergunto o que contribuíram ou o que continuam a representar:
Ho Shi Min?
Karl Marx?
Vladimir Lenine?
Salvador Allende?
Friedrich Engels?
Olof Palme?
Kim Il Sung?
Mao Tse Tung?
Ou o que contribuíram para além de eventualmente algures na década de 60 e no início de 70 terem apoiado a resistência ou a causa:
Patrice Lumumba?
Julius Nyerere?
Ahmed Sekou Touré?
Mohamed Siad Barre?
Marien Ngouabi?
Kwame Nkrumah?
Kenneth Kaunda?
Dar-Es-Salam?
Todas estas personalidades (e uma cidade) dominam as principais ruas e avenidas de Maputo, e Maputo para mim representa Moçambique no mundo, quer-se valorizar a cultura moçambicana mas exceptuando Eduardo Mondlane que rua ou avenida principal honra outra personalidade moçambicana?
Eusébio ou Mário Coluna serão para muitos traidores, Mia Couto, Malangatana ou Maria de Lurdes Mutola nada representam?
Av./Rua de Portugal não encontrei no mapa de Maputo, Rua de França, Av. de Angola ou do Zimbábue sim encontrei.
Confundir políticos ou gente com poder em Moçambique e perguntar porque continuam a renegar Portugal é quase crime, o que se sente no verdadeiro povo não é isso, eu próprio não senti isso no povo em relação a Portugal, só que dói.
Esses políticos e gente de poder serão talvez os mesmos que pedem a Portugal o perdão da dívida.

Talvez poucos saibam mas eu desde ontem ou anteontem (não interessa ao certo quando) que sei que Portugal teve afinal mais uma ex-colónia em África.
É isso mesmo tivemos mais uma.
Em conversa com a minha filha e a propósito das férias de uns amigos muito próximos fiquei a saber que também andámos por CALDO VERDE.

Eh vocês aí? Divirtam-se em Caldo Verde.

2009/07/26

Espelho meu

Espelho meu, espelho meu, haverá alguém que passe a ferro como eu?
"madame est servie" é a proposta do site francês aissalogerot http://www.aissalogerot.com/

2009/07/23

Da minha janela...

Pontevedra

2009/07/15

Blog de Escuta #20

Coisa de miúdo… bastava ver uma guitarra Fender Stratocaster vermelha e branca e ficava doido… era o que queria… era só o que queria.*

Muito contribuiu para essa “doença” um individuo com boa pinta que tinha a mania do culto da personalidade, que não abria a boca, não precisava de a abrir, tocava-a e muito bem.

Tocava-a da maneira que mais aprecio.

Este e alguns da minha elite de guitarristas são os poucos capazes de ter um estilo tão próprio e único que, mesmo não conhecendo o tema, ao ouvir reconheço-os de imediato.

Gente como Mike Oldfield é assim.

Estávamos em 1984, Oldfield ainda colhia os bons créditos de Moonlight Shadow editado cerca de um ano antes, eis que surge este To France que aqui vos deixo.

interprete: Mike Oldfield

tema: To France

álbum: Discovery

ano: 1984

* Em 1997 consegui comprar uma igualzinha, a Fender Stratocaster vermelha e branca, ao Zétó que ainda hoje me diz “um dia quero-a de volta”… já lhe prometi… a vender só a ele.

A estabilidade no que respeita à paz instalada em Moçambique é uma realidade no entanto estamos perante um país de África com as suas características muito próprias, as heranças e os conceitos de um passado europeu não muito distante estão esquecidos e para uma maioria de moçambicanos esse legado foi “coisa” certamente não vivida.
Segundo relatos de um simpático e “virtual” conhecido meu, um português que vive actualmente em Maputo com quem troquei uns mails e que aqui exponho de forma muito resumida, podemos ouvir disparos de AK47 feitos pela própria polícia numa “simples” perseguição.
Provavelmente os habitantes locais encolhem os ombros num claro sinal de que para além do facto de um tiro poder magoar alguém nada de anormal se trata.
Nessa perseguição o bandido foi capturado sendo que surge posteriormente com um tiro cravado no pé, é que… “a policia em Moçambique atira ao pé”… “depois de capturar o bandido”.
No último almoço domingueiro na CP (casa dos pais) contava com orgulho e detalhe este episódio quando o meu tio, também ele um ex-habitante da capital de Moçambique, meio a brincar meio a sério sai-se com esta “o tiro no pé é para marcar o tipo”… ficámos todos meios brutos a olhar para ele!
Sim é para marcar o tipo… é o registo criminal à moda de África” diz seguido de uma gargalhada à moda dele!
Quando um bandido é capturado a primeira coisa que devem fazer é tirar-lhe o calçado… se existir… e confirmar se esse é o primeiro delito cometido ou não... se for o primeiro delito o pé tá porreiro e toma lá tiro... se já tiver buraquinho... é capaz de não ser agradável
Fiquei pensativo, não consigo deixar de admitir que possa ser mesmo assim, registo criminal deve existir certamente... mas quando? Depois dos 2 pés furados?
Uma policia que persegue a tiro um “bandido” por não ter pago umas cervejas e que lhe “espeta” com um balázio no pé só pode ser regra.
Esta história (e não só) pode ser lida aqui no blogue do Lupo o "Alunagem".

2009/07/02

27:13.81”

Na altura não prestei a devida atenção, era puto e ia vendo a corrida influenciado mais pelo entusiasmo das pessoas que estavam no café do meu pai do que por vontade própria, foi notável, Portugal tinha colocado dois atletas nos dois primeiros lugares e, como se fosse pouco, o recorde do mundo tinha caído nesse dia e eu a ver aquele feito a meias com tudo o resto sem importância que se passava à minha volta.
Foram quase 9 os segundos retirados ao anterior recorde do mundo, há 25 anos, foi a corrida da vida de Fernando Mamede.
Durante 5 anos o recorde mundial dos 10.000m manteve-se inabalável, a marca 27:13.81” de Mamede manteve-se até 1989 e não será de deixar de avaliar e valorizar o facto de nos últimos 32 anos (pelo menos) não mais um Europeu ter conseguido entrar nessa lista de heróicos recordistas do mundo, o resto da história recente da distância é dos habituais Quenianos e Etíopes com um Mexicano e um Marroquino pelo meio.
Dizem que era fraco psicologicamente, ele próprio admitiu-o, dizem que se não fosse o seu (nosso) conterrâneo que ficou em 2º lugar nessa mesma corrida Mamede nunca chegaria à melhor marca mundial. Alguma vez escreveram um texto de Mamede sem referirem o nome do 2º classificado? Será este o primeiro?
Portugal nunca perdoou aquela desistência na final dos 10.000m nos Jogos Olímpicos de Los Angeles depois de ter ganho a corrida de classificação, os putos da minha rua chamavam-lhe Mamerde, eu também, hoje envergonho-me. Pensando bem… que cruz anda a carregar este homem.
Fernando Mamede está na altura do país pedir-te desculpa e dizer-te obrigado, foste o melhor do mundo, és um orgulho e és do meu país.

2009/06/29

Blog de Escuta #19

Chamem-lhe falta de inspiração mas o que é facto é que ando sem assunto, uma possível fase passageira que acaba por rotineiramente instalar-se, posso sempre atirar à defesa com um “tenho mais que fazer”.
Isto para dizer que vou falar-vos de música apesar de não ser pouco e de qualidade o que aqui tem sido postado pelo nosso Banderas mas agarrado a tal falta de inspiração não consigo evitar o tema e sigo a tendência da nossa holliwoodesca estrela.
Regra geral é que gosto de tudo mas quando o gostar passa para o nível seguinte vou mais longe e tento saber quem é ou quem são os músicos, de onde são, quantos álbuns editaram e tento conhecer esses mesmos álbuns.
A minha última vítima é o ex-namorado da Jennifer Aniston, sim essa mesma, a ex-namorada do Brad Pitt, é irritante não é?
O rapaz é um músico de excelência, um guitarrista como eu gostaria de ser, excelente voz, é já muito maior na música do que alguma vez a Jennifer será no cinema só que é assim que ele é conhecido em quase todo o mundo mas principalmente na Europa que quase não conhece o seu trabalho… o ex… enfim… falo-vos de John Mayer.
O vídeo que aqui publico foi a explosão do pouco que já tinha retido, entrou directo naquele pequeno grupinho dos que quero descobrir e ouvir tudo o que tem.
Bigger than my body, apesar de admitir não ser a mais ser a mais consensual canção a divulgar deste tipo, mexeu comigo e quando ouvi a explicação da letra ainda mais se entranhou em mim.
“ 'cause I'm bigger than my body gives me credit for”.
É de campeão, é realmente isto que precisamos, a verdade é que somos maiores que o limite que o nosso corpo nos impõem… muito maiores… falta é passar esse limite abdicando das justificações para não o fazer.
Então até breve que vou ali ultrapassar o meu corpo e já volto.
interprete: John Mayer tema: Bigger Than My Body álbum: Heavier Things ano: 2003

2009/06/25

Mozambique Inside

Para todos aqueles que, como eu, vieram ao mundo com um autocolantezinho no corpo a dizer MOZ. INSIDE partilho aqui um blogue que recentemente descobri e que venho a ler diariamente.
Trata-se de um blogue de um brasileiro que resolveu mudar o rumo da sua vida e foi trabalhar para Maputo e aí retrata um pouco da sua vida na capital de Moçambique.

2009/06/23

Encontrei-te

Aproveitando a dica de um blogue que sigo com regularidade destaco aqui o lado familiar de uma rock star, o poder de uma foto pode ser imenso ao ponto de reduzir uma "estrela" ao simples universo daquilo a que afinal todos somos... uma família... dentro desta grande família que é a humanidade.
Esta foto é apenas um mero exemplo de entre umas dezenas que Revista Rolling Stone resolveu disponibilizar, Kurt Cobain com a filha Francis Bean Cobain (sete meses antes da morte do músico).
As fotos podem ser vistas aqui (vão fazendo "next" ok? :))

2009/06/15

Blog de Escuta #18

Pois este cavalheiro apareceu-nos do nada (em 1987) com uma excelente canção pop a dizer-nos que a vida é maravilhosa, Colin Vearncombe ficou conhecido entre nós apenas por Black e é mais um daqueles músicos "One Hit Wonder".

Se bem se lembram o rapaz cultivava um certo look anos 50 a fazer lembrar o actor Danny Kaye, seja qual for o look cantava e continua a cantar bem como poderemos comprovar nesta recente prestação acústica (agora mais velho deixou crescer o cabelo e aderiu à bandelete). O excelente vídeo original pode ser recordado aqui e bem que poderá valer ter lido este post até ao fim.

interprete: Black tema: Wonderful Life álbum: Wonderful Life ano: 1987

2009/06/10

Hitler? Charlot?

2009/06/05

AF447

O acidente do avião da Air France é tema sensível cá em casa pelos motivos que alguns de vós bem conhecem.
Desde a primeira hora que tudo neste acidente me intriga, sou muito permeável a estas coisas e confesso que até gosto de "perder" tempo a questionar as informações que vão chegando.
Se há informações que são de validar outras no mínimo deverão ser questionadas e já é tempo de percebermos todos que somos manipulados à séria, neste momento e se já não tinha grandes dúvidas quase desde a hora em que soube do desaparecimento agora tenho a certeza absoluta que não querem que a verdade se saiba.
É evidente que pode um avião desaparecer momentaneamente sem explicação aparente, o que não me parece nada razoável é que não seja possível encontrar logo nos primeiros instantes a seguir ao desaparecimento.
Há um vazio de informação sobre o trajecto do AF447 após a última comunicação, podia ter evitado a prevista tempestade rectificando a rota como fizeram outros mas dizem-nos que não o fez (todos os pilotos afirmam que é altamente improvável não rectificar a rota), o avião manda mensagens automáticas de emergência/danos e há satélite para que cheguem ao destino mas não há radar que cubra todo o trajecto nem há satélite que permita a localização imediata após o primeiro alerta.
Falam inicialmente de umas mensagens enviadas por passageiros tipo "amo-te" e "tenho medo" mas depois mais ninguém revela nada e neste momento é como que nem existisse essa especulação/hipótese.
Nunca numa suposta tragédia desta natureza houve um controlo tão eficaz dos familiares, não há grandes filmes, quase ninguém fala, tudo controladinho, é notável.
O Brasil já percebeu que está a ser usado e já começou a levantar a voz "A Air France e a Airbus têm muito a explicar", afinal os destroços encontrados não são do avião.
Seja qual for o real motivo... acidente... erro humano... terrorismo (normalmente os autores acenam as bandeirinhas "fomos nós")... falhas técnicas graves... avião abatido acidentalmente... avião abatido intencionalmente... para mim é claro... não querem que saibamos e quase que arriscaria a escrever que nunca verdadeiramente iremos saber.

Se me permitirem levo-vos até à Sexta-Feira passada, um dia abrasador onde chegámos a sentir uns 35º em Óbidos.
Depois de uma ginginha com elas em copo de chocolate bebida à pressa para o copo não derreter e de um almoço fresco e ligeiro (salada de frango) lá fomos continuando nesse 1º dia de comemorações dos nossos 11 anos de casamento.
"Este ano limita-te a ter a mala pronta para 2 noites, eu organizo tudo" disse-lhe com o meu melhor ar de machóméne.
Na verdade haveria de impor mais 2 condições "nada de prendinhas" e "nada de postalinhos", "se queres dar-me alguma coisa contento-me com a tua pessoa" (que tal esta hum?) e "se quiseres dizer-me alguma coisa dizes-me ao ouvido... não quero nada escrito".
Acho que nunca tinha sido tão autoritário na vida.
Rumo a Lisboa e ao Pavilhão Atlântico que se fazia tarde isto já depois de uma paragem técnica para ir dar um beijo à cunhada de Rio Maior, o programa prometia, há 3 semanas que tinha comprado os bilhetes para o concerto Here and Now Portugal 2009 com 6 estrelas da música pop dos anos 80.
Curiosity Killed the Cat, Nik Kershaw, ABC, Belinda Carlisle, Kim Wilde e o cromo do Rick Astley (esta foi a ordem do concerto).
As horas que eu gastei a ouvir esta gente quando era puto.
Já dentro do recinto quase vazio conseguimos ficar bem lá na frente nuns 3 passos atrás da grade que separa o povo do palco, assim daria para ver melhor.
Ainda bem que não estávamos num concerto dos Pearl Jam daqueles em que morrem pessoas esmagadas contra as grades.
O concerto começa com os Curiosity Killed the Cat, ou melhor, com o, porque dos originais só sobrou o vocalista.
E as meninas que não chegam.
Já a coisa estava estava a rolar com o Nik e eis que chegam... Paula, Nônô, Circe e Anabela.
Logo aí animou mais que a vedeta, quem não gostou muito foi a malta à volta que já juntinha tiveram que arranjar espaço para mais 4 divertidas mulheres.
Depois foi sempre a abanar o capacete.
Depois do Nik que era quem eu à partida pensaria que iria gostar mais entram os ABC que foi de longe quem mais gostei, tinham um saxofonista com um fantástico look nerd cool chic, dançava, tocava, apontava o dedo para o povo como quem diz "tá tudo meu? ok já falamos" e volta a tocar.
Depois... bom depois vem a Belinda.
A Soraia dizia que ela não tinha rabo mas meus amigos acreditem que tinha, com 50 anos tinha rabo e não só, faltou foi cantar um bocadinho melhor e ter tomado as cápsulas para a memória... então não é que a Sr.ª esqueceu-se de parte da letra do seu hit n.º1 que terá cantado milhares de vezes.
Amuou e saiu do palco a correr antes do fim da sua própria actuação, devia estar a faltar-lhe qualquer coisa.
INTERVALO
Sim intervalo, não sabiam que os concertos dos anos 80 tinham intervalo?
Eu também não, mas foi altamente deu para comer umas laranjas que as meninas levavam na mala... ainda olhei para dentro da mala da Anabela e deu para ver laranjas, bolachas, sandes de ovo mexido e um iogurte (não sei de que sabor).
Yahhh Kim Wilde.
Foi a loucura "back to Cambodiaaa aahh aahhh aahhh...", "were the kids in América... uohh... Everybody live for the music-go-round"
E para acabar em beleza... a seca da noite.
Eu nunca gramei o gajo... fizeram mal terminar com aquela melga melosa... depois da loucura... Senhoras e Senhores Rick Astley.
Yiakk quero o meu dinheiro de volta sff.

Nada disso... basta ver os sorrisos... como costuma dizer o meu querido irmão... "dei-te esta prenda que me custou os olhos da cara mas... tu mereces".

2009/06/04

O Pequeno Genial

2009/05/31

A Experiência

Depois de mais um fantástico almoço domingueiro em casa dos meus pais, no trajecto de regresso a casa, falávamos (os 2 votantes cá da casa) das eleições europeias. Rapidamente chegámos à conclusão que não confiamos nesta gente, é sempre a mesma coisa, ainda em Novembro/Dezembro resignava-me acerca do trabalho do Governo de Sócrates e elogiava o nosso Primeiro. Era melhor que os outros e os outros ou não existiam ou pouco ou nada faziam/fizeram. Depois também ele cai no mesmo, começou um pouco antes com a história da Licenciatura, depois o Freeport que não cheira nada bem com o Charles, o tio e o primo do Karaté, as Offshores e a escritura da casa da mãe que desaparece. O Sr. Primeiro até pode ser inocente mas até ele? Epá… políticos deste país… eu não confio em vós. Ando desiludido, Isaltinos, Rochas, Felgueiras, Judas, Valentins, Narcisos, Loureiros, Constâncios, Avelinos e agora até o Sócrates, tudo gente inocente. Não confio. Por causa disso e porque nunca votei em branco (ainda não consegui votar em branco) no Domingo vou votar num dos partidos pequenos. A Soraia saiu-se com esta “os Grandes não merecem” e eu concordei de imediato e aceito a sua ideia, não conheço os pequenos partidos nem vou dar-me ao trabalho de os conhecer, talvez pela cara, Laurinda Alves talvez, pode não prestar para nada mas vai ser assim o meu protesto. Faço isto como experiência, se fossem as Legislativas não sei se conseguiria votar assim mas entendo esta eleição como menos perigosa onde o meu eventual erro pode ser admissível e vai ser assim que vou votar. Serve de experiência.

Cada profissão tem as suas coisas boas e más sendo que no meu meio profissional, na parte que me toca directa e indirectamente, é realmente muito mau os danos colaterais que a falta de vendas provoca. É evidente que generalizo e é essa a minha intenção. Há os que no meu meio profissional reagem às adversidades de determinada maneira, há os que reagem de outra, há os que não reagem, etc. Depois vejo que existem outras profissões com os seus problemas e as suas especificidades e ganho novas forças para continuar com a minha, há uma muito mal amada por conveniência, que muito provavelmente se não tivesse vários/muitos amigos que a exercem cairia também eu no erro do criticar fácil e mesmo assim não estão livres disso. Refiro-me ao ser professor. Dou por mim a ler “Filho de Leonor Cipriano aterroriza escola de Porches”, ora Leonor Cipriano… Leonor Cipriano… ah é a tal mãe cuja filha desapareceu e que está morta e cujo corpo não aparece e que terá sido cortado aos bocadinhos eventualmente para servir de refeição de uns quantos porcos… só de filme. Ao que parece o menino de 10 anos anda com uma arma na mochila. Resposta formal (avanço já eu sacando do meu mais fantástico poder de adivinhação) “mantenham a calma que isto é um acto isolado”. É isso, um acto isolado, são também actos isolados a falta de respeito/educação na sala de aula, os telemóveis, os bonés, os chinelos, o barulho, a indiferença… yah méne tá na boa… estar na sala de aula ou na praia pode até ser a mesma coisa. Depois há também aquela coisa do “se há os professores que ainda assim conseguem ter resultados porque é que vós os outros professores também não conseguem”? Vamos lá então alterar o plano curricular de um aspirante a professor e inserir mais 2 ou 3 anos para: Preparação Psicológica Intensiva para o Exercício da Docência; Para a plena obtenção de habilitações que permitam saber trabalhar com detectores de metais; Para as disciplinas de Defesa Pessoal Aplicadas à Especificidade da Docência; Para optimizarem a colocação da voz sem problemas para as cordas vocais; Para saberem como desactivar com sucesso telemóveis e engenhos explosivos; Para que estejam habilitados a lidarem com outras etnias em especial para saberem lidar com pais, primos entre outros das outras etnias; Para que estejam habilitados a estacionar os respectivos automóveis em local seguro para os mesmos que poderá não ser o local mais seguro para os respectivos e legítimos proprietários desses mesmos automóveis. Aos meus amigos professores dou-vos uma ideia de graça, eu sou assim, um gajo muito porreiro, uma ideia que vale milhões, está na moda, escrevam um livro que venderá, venderá, venderá que podem ir à vossa vida “Como Ser Feliz Exercendo a Profissão de Professor”. Graças a Deus (desculpem os não crentes) que não sou professor, graças a Deus que ainda existem professores, graças a Deus que existem muitos professores no desemprego ou ocupados com tarefas que nada têm a ver com as suas habilitações pois pelo menos durante mais algum tempo haverá stock neste país. Mas quem é que no seu perfeito juízo quer ser professor? Mas alguma vez poderei eu influenciar as minhas filhas para que sejam professoras? Para quê? Para aturarem estas e outras merdas?

Ainda há gente muito corajosa, a partir desta data deixo de me queixar dos meus problemas profissionais em especial na frente de vós Professores.

Depois admiram-se que de vez em quando apareça um ou outro exemplar da docência que lhe “salta a tampa”. Vamos lá por ordem na casa se não for pedir muito.

Sábios, poetas, todos são unânimes, dizem eles iluminados que “não há amor como o primeiro”.
É mentira.
Há amor como o primeiro.
Acreditem.
Sou eu que o digo.
O olhar, as mãos, a boca, o cheiro, em tudo diferente da outra mas igualmente eterno o efeito que provoca em mim.
A voz, os beijos, o cabelo, a ternura, em tudo diferente da outra mas igualmente infinito e eterno o meu amor por ela.
Só penso em ti quando não penso nela.
Só penso em ti e só penso nela.
Hoje são 3 os aninhos do meu segundo amor.
Feliz Aniversário minha eterna Maria.

2009/05/15

Eh touro lindo 2

Segundo o Inimigo Público de ontem... "Os Verdes querem retirar animais selvagens das bandas desenhadas". Segundo o mesmo jornal e falando de outras "touradas"... "Ali Agca quer ser português e presidente do Sporting".

Já li e vi muita coisa sobre as touradas, debates acesos onde só faltou porrada para animar a malta, eu sou dos que defendo que a tourada faz parte da nossa tradição e que o espectáculo deve continuar sem discussão.
Talvez pelo facto de ter vivido uns anos em terras de touros me faça perceber um pouco melhor a tradição (mas nem vou por aqui) e o próprio espectáculo, compreendo até que para muitos possa ser dispensável e deplorável, daí até terminarem com o apoio camarário é algo que não aceito nada bem.
Faz parte da nossa identidade, a acabar será naturalmente quando deixar de ter interesse para as pessoas.
O que virá depois?
(com humanos)
"ai o boxe não porque magoa os narizes dos senhores"? (a partir de agora no pavilhão da Câmara não se dá murros por lei)
"ui o futebol não porque mata, lembram-se do Fehér, do Puerta, das pernas partidas"? (no estádio municipal não podem jogar futebol)
"as corridas de carros até mandaram o Senna para o céu"?
aqui até entram humanos que é mais trágico.
O Bloco de Esquerda é perito nestas coisas mas agora tem mesmo uma bota do tamanho de Itália para descalçar, estou ansioso para ver como.
Salvaterra de Magos é a única Câmara Municipal (neste momento) bloquista, gostava de saber o que vai fazer o Sr. Presidente.
Vai ser coerente com o discurso do seu partido acabando com o apoio às touradas em Salvaterra e muito provavelmente perde as eleições?
O Bloco, se não for retirado o apoio às touradas (atenção que o sol ou sombra chega antes das eleições), retira o apoio ao Sr. Presidente?
O Bloco terá eventualmente perdido uma ou outra Câmara nas redondezas nas próximas eleições?
Ou vai rapidamente arrancar os cartazes entretanto já colados, arrumar a viola no saco, e fingir que nada se passou?

2009/05/09

É preciso ter galo

Uma das vantagens da cidade capital de distrito onde vivo para além de bonita é que estamos a 5 minutos de tudo, 5 minutos do centro, 5 minutos do local de trabalho, 5 minutos da Junta, 5 minutos do infantário, etc.
Nos mesmos 5 minutos viramos da cidade para a aldeia, eu vivo na parte da aldeia da cidade.
Da janela do meu quarto vejo os pombos do meu vizinho, ouço os passarinhos pela manhã, na certa que haverá pelas redondezas pelo menos um porco e alguns coelhos porque mémés já os vi na primeira curva à direita.
Há também um galo aqui ao lado esquerdo da casa, um galo avariado, não só canta mal, bom ele até começa bem có có ró... mas acaba sempre com um tipo de voz de galo fumador com tosse de cão.
Até que aguentaria bem o galo não fosse o desacerto, o gajo tanto canta às 3 da tarde como às 3 da manhã (apanhei-te galo desgraçado numa insónia medonha que me deixou acordado até às 5).
Preciso de ajuda especializada para a seguinte pergunta que talvez seja mais fácil de responder que a do Medeiros Ferreira do post anterior:
Como é que se acerta os ponteiros de um galo?

2009/05/05

O amigo Vasco

Não me recordo bem qual a hora certa daquele programa, deveria ser por volta das seis da tarde, o que me recordo na perfeição era a ansiedade com que esperava pelo momento. O meu ensino primário caracterizou-se por duas fantásticas fases nas quais não consigo eleger qual a mais espectacular, a 1ª e 2ª classe feitas no ensino estatal e a 3ª e 4 ª classe feitas no ensino privado, esta recordação reporta-se apenas à primeira dessas duas fases… os anos lectivos de 78/79 e 79/80. Nos dois primeiros anos tinha aulas só no período da manhã sendo que à tarde fazia os deveres e brincava na rua (no bairro) com as outras crianças amigas/vizinhas tudo isto depois de consumidas as habituais 2 horas para comer as 100 gramas de almoço. É nesta fase que nasce o famoso “come João Paulo”. Era a época da Gabriela, do Caminho das Estrelas, do Espaço 1999, da Cornélia (a vaca), da Heidi, do Marco e também a época do tal programa chamado Cinema de Animação apresentado por Vasco Granja. Vasco Granja faleceu ontem aos 83 anos de idade mas na certa permanecerá por muito tempo na memória de grande parte dos leitores deste blogue. Como não consegui obter um vídeo do programa original aqui fica uma carinhosa brincadeira feita por Herman José com a participação especial de Vasco Granja gozando consigo próprio.

Faz hoje 15 anos que faleceu um dos melhores pilotos de F1 do mundo, assisti em directo ao trágico grande prémio de Imola nesse Domingo 1 de Maio de 1994.
Nesse fim-de-semana, que passei com a Soraia em Rio Maior, era grande a oferta desportiva, o Mundial de Futebol de 1994 nos EUA e o Grande Prémio de Imola prometiam prender-me ao televisor... até que... aquela curva Tamburello.
No regresso a casa, na recta da fábrica de celulose da Figueira da Foz, confirma-se o pior Ayrton Senna da Silva morria vítima dos ferimentos, apesar de não ser o meu piloto favorito era de facto brilhante.

Sim, estar sempre a malhar no senhor é muito chato, é a tal campanha negra.
Mas porquê malhar?
Ele até tem tanto estilo.
Então não é que segundo o semanário Sol e segundo Felícia Cabrita (sempre ela, essa marota que só descobre coisas que incomodam muita gente) os documentos que suportavam a escritura e que identificavam a empresa offshore que vendeu a casa à mãe do nosso primeiro desapareceram.
É ler aqui.
Terá sido a contra-campanha negra a fazer das suas?
Estou cá na dúvida se o meu papelinho com uma cruz lá mais para o final do ano também desaparecerá ou se ainda arranjam maneira de me expulsarem aqui do blogue dos meus amigos.
Teoria da conspiração... buu "ai que susto".

2009/04/27

Ai o meu canário

Já passou algum tempo mas continuo a pensar da mesma forma... na Loja do Cidadão de Faro foi proibido (tipo regulamento interno) usar saias muito curtas, camisolas decotadas, gangas, saltos altos, roupa interior escura, perfumes agressivos e sapatilhas.
O que foram fazer, pára tudo que temos aqui um problema gravíssimo.
Mas qual é o problema de haver regras?
Não querem?
Não aceitam trabalhar lá.
Apesar de achar uma ou outra regra um pouco exageradas, principalmente a proibição das calças de ganga, não vejo porque seja um problema, aliás, o verdadeiro problema é precisamente a ausências de regras.
Por exemplo eu, funcionário da Loja do Cidadão de Faro, como não estamos na Escócia e aqui por tradição os homens não usam saias ou mini-saias levaria vestido uns calções curtinhos para o meu trabalho... seria aceitável?
Ou um decote?
Pois foi, brinquei com o assunto que até estava sério, não devia mas brinquei.
Muito bem, outro exemplo, uma professora, boazona ou nem por isso, deverá levar um bom (leia-se grande) decote e porque não uma camisa branquinha assim para o transparente e um soutien bem colorido para as aulas?
Mas vamos para os homens professores, podem usar saltos altos?
Está escrito ou não que não podem?
Qual é o problema de haver regras?

O novo cartaz do PSD leva-me a duvidar:

- olhando assim de repente a imagem de fundo (escrevi de fundo e não defunto) lembra-me um quadro de giz, quererão Manuela Ferreira Leite e o PSD piscar o olho aos professores que ao que parece andam descontentes?
- ainda não percebi bem se será este o cartaz para as eleições europeias;
sendo a líder do PSD uma economista poderá muito bem ser um cartaz único, servirá para as eleições europeias e para as eleições legislativas, poupa assim alguns euros e também poupa os portugueses de terem que levar com Paulo Rangel também em outdoors.
- "Política de Verdade"
ainda existe ou alguma vez existiu?
já sei... já sei... se não estás contente faz por isso mas quem me define política de verdade s.f.f.?
- também não deu para perceber se o cartaz foi mal colado ou se serão mesmo rugas.
a piada não é original mas não resisti.

2009/04/24

Blog de Escuta #17

Natalie Merchant é/tem uma das minhas vozes favoritas, esteve mais de uma década com os 10.000 Maniacs e sai para uma carreira solo da melhor maneira com este Carnival.
Destaco também o trabalho notável do guitarrista neste mesmo tema mas na versão de estúdio gravada no álbum, nesta versão ao vivo a prestação não é tão brilhante ficando muito distante do feeling e da subtileza da referida versão de estúdio.
Fica o desejo de estar ocasionalmente em N.Y.C. e entrar num daqueles clubes de jazz famosos e por felicidade estar esta senhora em palco.
interprete: Natalie Merchant tema: Carnival álbum: Tigerlily ano: 1995

2009/04/19

Blog de Escuta #16

Se fosse correcto escrever que cada pessoa terá o álbum da sua vida, fazendo de conta que pequenas coisas banais como um simples disco pudessem ter importância capital na nossa existência, elegia o The Wall dos Pink Floyd ligeiramente à frente do Misplaced Childwood dos Marillion.
Tinha 7 anos quando saiu (1979) e nesta altura quase não tinha acesso a este tipo de música em virtude da própria idade, digamos que tinha um gira-discos meuzinho da Silva mas ouvia o que havia lá em casa, nem tão-pouco tinha muito interesse por este tipo de música.
10 anos mais tarde consigo o dinheirito para comprar o famoso The Wall, era caro um álbum duplo se bem me lembro uns dois contos e tal, e tive finalmente acesso ainda que com uma década de atraso a uma verdadeira maravilha da música (claro que durante este intervalo de tempo fui ouvindo algumas das músicas na rádio, TV ou em cassetes de amigos, conhecia-as mas não as podia ouvir quando queria).

Este tema teve o condão de me fazer sonhar que um dia teria uma banda e que a guitarra seria o meu instrumento... e consegui.

Guardo nas minhas boas memórias o esforço monetário que eu e a Soraia fizemos para que o concerto de Alvalade em 1994 fizesse parte integrante do programa das nossas 1ªs férias... e conseguimos.
O álbum da minha vida e o solo de guitarra da minha vida aqui:
banda: Pink Floyd tema: Confortably Numb álbum: The Wall ano: 1979
p.s. este vídeo foi gravado no concerto Live 8 (2005) marcado pelo regresso pontual e apenas para este fim de Roger Waters aos Pink Floyd desde a sua pouco pacífica saída em 1985.

2009/04/14

O Segredo

Sempre nutri alguma desconfiança dos elementos do sexo masculino que trabalhassem em lojas de pronto-a-vestir e salões de cabeleireiro femininos, especialmente se estes fossem os respectivos proprietários, não me refiro aos proprietários que investiram nessas dignas actividades com as respectivas esposas, isto é, os apenas sócios capitalistas mas sim aos que sempre sonharam com isso. Pensava… que motivação terá um macho em abrir um salão de cabeleireiro feminino ou um pronto-a-vestir? … “ai essas calças assentam-lhe muito bem… não sei realça-lhe as ancas”... e aí ficava eu tipo aqueles carrinhos a pilhas que vão contra as paredes e andam para trás e voltam novamente contra as paredes. Apesar da introdução ser provocadora e poder merecer os mais ácidos comentários não vejam nestas observações apenas profunda estupidez minha ou preconceito mas sim uma reflexão acerca do assunto num contexto temporal compreendido entre a 2ª metade da década de 70 e a primeira metade da década de 90, não entro noutras épocas anteriores porque não as vivi e não sigo mais para a frente porque creio não ser tão evidente dado a evolução do nosso Portugal. A muito obrigou a sociedade portuguesa (não só a nossa) aos desde sempre homossexuais, casavam-se para poderem viver o seu “segredo” pelo menos de uma maneira mais tranquila e certamente procuravam as profissões que melhor os aproximassem da sua felicidade. Viviam respeitosamente. Há uns dias soube do falecimento de uma dessas pessoas misteriosas, O Sr. S. tinha um salão de cabeleireiros que a minha avó frequentava, Sr. de uma simpatia invejável e o qual não poderei nunca esquecer do facto deste nunca ignorar-me… cumprimentava-me sempre apesar dos meus 4 ou 5 anos de idade… a mim e a todos, além disso permitia que a minha avó (doméstica) pudesse vender os seus bolos caseiros que só as avós sabem fazer no seu salão e com isso pudesse também ela contribuir monetariamente para o orçamento familiar. Dei por mim a reflectir sobre o que essas pessoas terão sofrido, o que tiveram que ouvir, e que de facto eram forçados a ocultar as suas orientações, quem as pode condenar?
Neste momento e no contexto actual, com as liberdades entretanto conquistadas, com a evolução das mentalidades, tenho ainda assim alguma dificuldade em saber se continua ou não a ser uma minoria corajosa a assumir e que a única diferença reside no facto de já não terem que casar no resto continuam na mesma opressão.

Páscoa, morte e ressurreição de Cristo para uns, 3 ou 4 dias sem trabalhar para outros, vendas um pouco mais animadas para... os outros.
Não estarei muito errado se disser ou escrever que mesmo para os não crentes na religião católica quer a Páscoa quer o Natal poderão ser encarados como sinónimos ou símbolos de paz.
Certo?
Num dos inúmeros ovos de chocolate que as minhas filhas receberam, todos com brinde dentro claro está (no meu tempo não havia brinde... e ora aqui está um case study para o marketing... a Kinder alterou o conceito de ovo... ovo que é ovo tem que ter brinde) sai esta maravilha de brinde...
"Papá o que é isto?"
"É um tanque de guerra filha."
"O que é um tanque de guerra?"
"É uma espécie de automóvel muito grande mas que destroi tudo o que lhe aparece à frente... uma máquina destruidora."
"Huhh.. não gosto... queres ficar com ele ou deito fora?"
"Deita fora."

2009/04/08

Férias

Será possível uma família composta por 2 adultos e 2 crianças estarem mais de uma semana de férias (9 dias) e gastarem menos de 47.00€?
É possível.
Com jeitinho gastaríamos ainda menos que isso... curiosamente estamos todos de perfeita saúdinha e felizes, claro que saberíamos onde gastar nesse mesmo período 100 vezes mais o que certamente faria com que as férias fossem mais divertidas mas é melhor assim.
É/foi melhor assim porque não gastámos o que temos e especialmente não gastámos o que ainda não temos, na prática ajudámos a agudizar a crise ao não consumir mas o que querem?
Esta tendência é para continuar por tempo indeterminado sem prejuízo de umas cervejinhas, tremoços e amendoins para familiares e amigos nos finais de tarde solarengos que se avizinham numa esplanada bem perto de vós... só há um probleminha... as 20h tenho uma consulta.

-Lázaro. - Qué que foi? - Levanta-te Lázaro. - Deixa-me estar. - Não sejas lazarento... Lázaro. - Oh hum... agora não posso... estou a ouvir música no mp3 que me deram no meu aniversário. - Levanta-te e vai mas é escrever qualquer coisa no blog.

Há muitos anos que não entrava no ninho do dragão e sustentado na tese de que apoiar a Selecção Nacional não se compadece com a clubite e preconceito futebolístico lá fui eu ontem ao novo estádio do FCP. Os Santos foram à bola. Antes do jogo comemos uns hambúrgueres e bebemos umas cervejas, bom… o meu irmão Tonas bebeu outra coisa qualquer, diz que não gosta, tem a mania, sempre foi assim, se estão todos a beber cerveja ele bebe outra coisa, é do contra mas é da Selecção. Sempre gostei do estádio do FCP é mesmo dos mais bonitos, ficámos na bancada central mas lá em cima e pela altura fez-me lembrar o 3º anel da antiga Luz o que nos deu alguns problemas visuais para identificar os “nossos”. O primeiro identificado foi o Bruno Alves os restantes foi mais difícil (muito mesmo). Dizem os especialistas que foi um grande jogo o que nos faz aos 3 perguntar se vimos a mesma jogatana, achei pouco convicta a vontade de querer ganhar, faz-me lembrar o futebol do meu glorioso… bons jogadores… mas sem chama. Gosto do meu conterrâneo (Queiroz) por 2 ou 3 grandes motivos, porque é Moçambicano, porque ganhou aqueles Mundiais de 1989 e 1991 e porque acho que tem lá tudo o que de futebol deve um técnico ter… só falta o resto. O resto é aquela coisa de mobilizar massas, não cativa os seus jogadores nem os adeptos e depois ou tem muito azar ou procura-o em demasia, ou então são as 2 coisas juntas. Queiroz procurou o azar: 1º porque o único “ponta-de-lança” disponível e que verdadeiramente marca golos não foi convocado (Nuno Gomes); 2º porque o Cristiano tem que marcar sempre todos os livres (e não foram poucos), ele não marca mal mas há quem marque muito melhor só que não podem porque o Cristiano é o melhor do mundo, para mim nos livres o CR7 seria a 4ª opção… 1º Simão, 2º Bruno Alves, 3º Deco, 4º Cristiano; 3º porque o Dani não é jogador de selecção; 4º porque o Hugo Almeida apesar de ter aprendido a jogar à bola com o meu amigo André também não é jogador de selecção; Queiroz teve azar: 1º porque o Bosingwa (dos melhores) aleijou-se; 2º porque sem o Deco não há outro à altura; 3º porque o Tiago só começou a jogar quando viu o Deco a aquecer; 4º porque o Simão não está bem; 5º porque o Meireles não esteve bem; 6º porque o Cristiano só é mesmo bom quando a sua equipa está bem, é especialmente por isso que também eu sou da opinião que jogador é o Messi; De tudo o que vi ontem e das adaptações feitas pelo nosso seleccionador o que verdadeiramente gostei foi do Pepe, está visto que temos para além de um central de nível mundial um possível trinco e com uma pintarola do caraças… a selecção do Brasil perdeu um dos melhores do mundo e nós não vamos ao Mundial.

2009/03/19

Blog de Escuta #15

Dedicada ao meu pai de quem eu tenho muito orgulho em ser filho. interprete: Démis Roussos tema: My Friend the Wind álbum: Forever and Ever ano: 1973

2009/03/16

Homem na lua?

Neil Armstrong, Edwin Aldrin e Michael Collins, tripulantes da nave Columbia (missão Apollo 11) descolaram da terra a 16 de Julho de 1969 tendo aterrado na lua a 20 de Julho do mesmo ano no local designado por Mar da Tranquilidade.

Para quem eventualmente gosta de questionar esta matéria observando 2 ou 3 fotos convido os leitores a uma visita muito rápida aqui.

Será?

2009/03/11

Tempos modernos

Mudam-se os tempos… Numa conversa domingueira com o meu irmão, nosso companheiro de blog, dizia ele estar farto dos dias de qualquer coisa… “estou farto do dia dos namorados, do dia da mulher, ir jantar nesses dias é impossível, é a confusão total” opinião esta que imediatamente teve a minha concordância.
De facto é um horror sair para jantar num dia como o dos namorados ou outro do género, é um verdadeiro teste à nossa paciência, são as filas, o mau e insuficiente atendimento e o que deveria ser agradável torna-se num pesadelo.
E agora a talvez polémica… Todos os meus amigos sabem que sou um chato do caraças relativamente aos “jantares de mulheres”… lembro-me sempre dos livrinhos da turma da Mónica onde à entrada há um cartaz “menino não entra”… sou um chato porque não consigo perceber a necessidade desses jantares como também não consigo perceber o cenário inverso. Também sei que não sou o único a ter esta opinião mas como nos tempos modernos não é politicamente correcto afirmá-lo a grande maioria fica em silêncio e como não faço parte do grupo dos que para quem os jantares de mulheres são a solução para uma noite de sossego sem a “chata” lá em casa fico um pouco isolado e com a ténue sensação de que não tenho as costas quentes. Claro que, por ter esta opinião, já fui bombardeado com tudo e o tudo é… és um machista… és um inseguro… és um retrógrado… devias procurar ajuda profissional… tudo isto e talvez muito mais. Como no fim-de-semana passado tivemos o Dia da Mulher e os inevitáveis jantares onde “homem não entra” tive conhecimento (é verdade só agora tive conhecimento) que já há programas organizados especialmente para a ocasião e para o pós-jantar em discotecas da região onde poderiam, para além do pezinho de dança, assistir a um fantástico show de strip masculino.
Os tempos mudam realmente, já vivemos exclusivamente o tempo em que as mulheres ficavam em casa e os homens… os homens lá iam eles para as boites e casas de alterne… e as coitadas tinham que se conformar com a triste vidinha por dependência, por vergonha, por religião, porque sempre foi assim. Esta também triste realidade ainda existe e creio eu com particular relevância no interior do nosso Portugal. Não me considero um pregador de virtudes nem um puritano e também não vou afirmar que nunca assisti a show de strip, já assisti... melhor... a bem dizer quem protagonizou o show até fui eu (um triste show certamente) mas também não me obriguem a ter que aceitar sob a capa dos tempos modernos com alegria ou indiferença. Então o que me espera?
Novas independências para repetição de velhos erros?

2009/03/09

Pela sua saúdinha

Há uns anos aprendi, por experiência própria, que devemos comprar um carro tendo sempre por base na decisão de compra também o facto de que um dia possamos/devemos ter que o vender.
Não basta ser seguro, ser giro aos nossos olhos, fiável, qualidade de construção, etc, etc, é necessário ser um modelo vendável, os meus mais próximos sabem bem que tive um Colt e que não consegui vendê-lo, o incrível é que nem faziam uma proposta simplesmente não o queriam. Decidi por isso que daquela data em diante quando comprasse carro teria que ser um dos que se vendia sem problemas, hoje volto à primeira forma… a comprar carro volto a comprar dos que não se vendem mais. Carjacking é a razão. Agora foi em Vila Nova de Gaia que um VW Golf e um Range Rover foram “arrancados” das mãos dos legítimos proprietários que ainda foram presenteados com tiros de metralhadora! Pela sua saúdinha quando comprar carro escolha um modelo pouco atractivo e de difícil venda!

O meNino Vieira foi abatido ao stock e é mais um líder africano que morre por isto ou por aquilo… que é como quem diz… morre depois de levar com umas catanadas na cabeça e nos membros seguido de uns tiros de G3 ou de AK47 mais conhecida por Kalashnikov (já li as 2 versões).

Ora aqui está uma sondagem: Se acha que N.V. devia ter sido morto com rajadas de G3 prima a tecla X (CAPS LOCK p.f.); Se acha que N.V. devia ter sido morto com rajadas de Kalashnikov prima a tecla Y (CAPS LOCK p.f.);

Como diria o meu irmão António “a questão não é essa é outra completamente diferente”, porquê matar o presidente se a Guiné nem dinheiro tem para um novo acto eleitoral? E África que bem podia ser a oportunidade continua a ser a dúvida.