In a sunny spring day of 1986 I was about to accomplish my 14th anniversary, I was looking out for a gift for my father’s birthday in the streets of Lisbon with my favorite aunt.
It was for sure the “no money years” so I did need my aunt around to pay the gift, it was symbolic because the main one was me… I was born in the same day of his birthday… this fact made me always proud and I did never forget to tell it to everyone.
The famous “I was born in the same day of my father’s birthday” remains till today.
At that time in the most beautiful train station of Lisbon (Rossio) we did have always a solution for a gift… “let’s go to that one”… my choice was a disc store, I was looking for a 45rpm in the “W” music-stand, I was looking for my favorite song “The Whole of the Moon” from the Waterboys.
As a matter of fact that single intended to be not only a gift for my father but also for myself and I saw no crime at all with that.
I did found it.
When I was prepared to pay for it her voice almost shot me down “that song is not bad but I prefer this one and I think your father too”!
I was without reaction for a few seconds in a frustrated attempt that she paid for it and forgot that nightmare choice, her choice, but no success. Inside my head I was screaming, I was furious, OH NO, FEARGAL SHARKEY…. NO PLEASE NO… that guy with a strange face… a guy that almost looks like a blonde girl with that hair…. NO PLEASE NO.
I prefer everything about the Waterboys and his mentor Mike Scott instead of Feargal Sharkey, I rather prefer the songs… that voice… the black Ovation guitar… the attitude… the hair… and of course the lyrics… despite of my only 2 or 3 years of English school “The Whole of the Moon” lyrics was far better than the annoying “… and good heart these days is hard to find…”.
No way… the money wasn’t mine so I brought home “A Good Heart” to give to A GOOD HEART as a birthday gift, I don’t know how but she stills my favorite aunt and believe me… I have a lot of aunts.
She forced me to bring home Feargal Sharkey instead of Mike Scott… it’s not fair.
Later, as a revenge, I don’t have one but three “Whole of the Moon”… in the “This is the Sea” album, in the “Best Of 81-90” and in the “T.W.O.T.M. The Music from Mike Scott and the Waterboys”.

2009/10/30

Blog de Escuta #23

Uma versão actualizada de uma grande canção dos anos 80, um dueto de Alisson Krauss com John Waite que após 25 anos continua em excelente forma.

2009/10/27

Blog de Escuta #22

2009/10/22

"Cala-te pá"

Na minha “carreira” musical muitos episódios engraçados sucederam, o que agora vos conto decorre numa fase muito forte do nosso percurso em que as actuações surgiam regularmente e bem pagas contrariamente ao estatuto de banda desconhecida.
O espectáculo estava agendado para as festas da Amadora, íamos tocar num campo de futebol com os GNR, Santos & Pecadores e com a Fúria do Açúcar, 4 bandas numa só noite, era o tempo dos saudosos bons orçamentos das Câmaras Municipais.
Estávamos de facto ansiosos com essa actuação.
O problema com as entidades patronais de cada um de nós ficou resolvido com 2 dias de férias e assim lá partimos todos catitas num monovolume com motorista e tudo.
Normal seria que, ao passarmos por Leiria, a temperatura subisse uns 2 graus mas naquele dia baixou e surgiram umas nuvens cinzentas como pré-aviso de que algo não iria correr muito bem, nada abalava o nosso entusiasmo, chegados ao recinto o ego aumentou ainda mais… inesperadamente o público que já lá estava gritou e bateu palmas mal saímos da Sharan.
Depressa perceberam que não eram as ilustres vedetas que tocariam nessa noite mas sim os menos famosos de todos ainda assim continuaram com as palmas e com cânticos usados em jogos de futebol… estávamos radiantes… queríamos tocar.
As nuvens decidiram confirmar o pré-aviso e começou a chover em pleno sound-check dos GNR.
O sound-check é o “fazer som” antes das actuações para que tudo fique equilibrado e soe bem, os últimos a actuar são os primeiros a fazer o som e por essa ordem seríamos os últimos a fazer som porque iríamos ser os primeiros a actuar.
Na música ao vivo o estatuto é medido assim o último a tocar é habitualmente a banda mais consagrada.
A chuva atrasou tudo, mesas de som e restantes aparelhagens tapadas em stress, o público que nos aplaudiu desapareceu do local mas o pior estava para vir, a Fúria do Açúcar e nós apesar de integralmente pagos não actuaríamos nessa noite devido ao grande atraso no sound-check.
Eu estava profundamente triste com a situação, tinha divulgado tanto e orgulhosamente o evento que tinha grande parte dos familiares lisboetas na assistência, era daqueles dias em que musicalmente sabíamos que iria correr bem.
Depois do jantar com os Santos & Pecadores e com a Fúria do Açúcar e depois de assistir às actuações dos eleitos decidimos ir para o hotel, como rapazolas poucos tinham tido a experiência prévia de ter estado num hotel de 4 estrelas… tudo era novo e espectaculamente grandioso.
Na manhã seguinte o nosso manager Rui Martins foi fazer o check-out, vendo-o muito perturbado dirigi-me a ele e perguntei-lhe o que se passava… “eh pá um dos quartos tem um adicional de oito contos e tal de HOT TV e MINI BAR”… “andam a brincar pá?”… "nunca viram umas mamas?"... “não sabem que isto é caro pá?”.
A cara de aflitos de uns denunciou-os, os restantes riam perdidos, e ele lá continuou dirigindo-se ao balcão “vieram a Lisboa ver HOT TV e esvaziar o MINI BAR e o Rui é que paga”.
“Oh Rui só vimos um bocadinho”
“Cala-te pá”
P.S. Alguns anos mais tarde a cena (mais ou menos igual) repetiu-se mas num contexto diferente da minha vida.
Para quem ainda não conhece o blogue dos Icon Vadis pode ler esta e outras histórias AQUI.

2009/09/10

Que Mulher !??!

Depois de uns dias em "Marrocos" na companhia de um português e de um basco é com enorme alegria que verifico que vou ter que arrumar a urna do blogue que entretanto tinha encomendado e que já foi entregue.
Talvez tenha um espaço para ela na garagem.
A actualidade diz-nos que aquela mulher que era um homem é afinal uma mulher depois de suspeitas que poderia ser também homem e mulher, é isto mesmo, a menina consegue sem grande esforço ser mulher.
Até já é capa de revista como mulher depois de ter aparecido em várias outras como homem... perceberam?
Não?
Vejam então a imagem.
Não deixa de ser curioso o facto da mulher ter qualquer coisa de macho até no nome Caster Semenya.

Mais um almoço domingueiro e mais uma deliciosa história/memória dos tempos da África portuguesa, aquela mesa foi feita para 6 mas eu gosto mesmo é daqueles almoços com as habituais 11 pessoas (7 adultos e 4 crianças).

Estão quase sempre lá todos um bocadinho apertados é certo mas muito dificilmente esse detalhe sem importância faz-nos trocar de programa, com o mesmo ritmo que os famosos petiscos do pai Amadeu vão desaparecendo a conversa flui com entusiasmo genuíno e desta vez de entre muitos outros assuntos destaco a tal memória de África.

De facto nunca tinha perguntado como é que uma pessoa que foi para Moçambique (o meu pai) em pouco mais de 3 anos já era sócio da Ferrageira do Alto Maé juntamente com o Sr. João Sampaio, não sendo ele um jovem com dinheiro mas apenas um que como tantos outros tinha ido tentar a sua sorte na ex-colónia… como teria arranjado o dinheiro e o parceiro certo para a tal sociedade?

Para além da vontade e do voluntarismo é preciso ter alguma sorte, e o meu pai teve-a.

Em Novembro de 1964, acabadinho de chegar a Lourenço Marques vindo de Vila Franca de Xira e com 20 anos, o meu pai levava na bagagem um embrulho para ser entregue ao seu irmão mais velho com quem iria viver nos primeiros tempos e cujo conteúdo desconhecia, o mistério seria desvendado nas primeiras horas de África, era um queijo de Évora que para além do tempo que já tinha ainda levou com mais um mês de barco (paquete Moçambique) do Atlântico norte até ao Índico sul.

O produto alentejano aguenta tudo… já todos sabemos.

O queijo era para um senhor também ele oriundo da terra dos campinos, como o meu pai tinha tempo e queria conhecer a cidade o meu tio pediu-lhe para ir entregar o já famoso queijo, e tudo começou assim, quando voltou para casa não só já tinha um emprego como ia ganhar mais do que o meu tio que trabalhava como caixa no Banco Nacional Ultramarino.

O tal senhor era gente importante em Lourenço Marques e porque em tempos o meu pai (em Vila Franca de Xira) tinha feito desinteressadamente um recado a esse mesmo senhor poucos anos mais tarde oferecia-lhe emprego como apontador de obras da Sofil.

A Sofil era uma sociedade de construções que funcionava como grupo, tinha várias empresas associadas que principalmente operavam para fornecer a “empresa mãe”, tinha uma empresa de areias, uma de tintas e mais algumas outras. Faltava contudo à Sofil uma empresa que fornecesse os restantes materiais de construção e ferramentas (o chamado material fino… o grosso são as areias, cimentos, tijolos) e assim foi criada a Ferrageira do Alto Maé tendo sido destacados de outras empresas do grupo os dois principais funcionários.

Um desses funcionários era o meu pai que tinha a responsabilidade do contacto com as pessoas, o outro era o tal Sr. João Sampaio menos de contacto mas nuclear pois ficou responsável pela contabilidade da empresa.

Um trágico acontecimento mudou a vida destas 2 pessoas, um prédio de 15 andares que tinha sido construído pela Sofil tinha caído em Lourenço Marques (na Av. 24 de Julho perto da pastelaria Princesa), uma comissão de inquérito para apuramento de responsabilidades que tinha ido da metrópole decidiu dissolver toda a sociedade dando a oportunidade e o direito de preferência aos seus ex-funcionários de ficarem com as respectivas empresas do grupo.

Com a fundamental ajuda da banca o meu pai e o seu sócio compraram a Ferrageira do Alto Maé por 2 mil contos e conseguiram também uma conta caucionada de outros 2 mil contos e tudo isto a pagar em 3 ou 4 anos… e foi pago.

Decidem investir novamente (sempre com a banca por trás) para poderem comercializar ferro, para que tal fosse possível a Associação dos Ferrageiros (uma espécie de Ordem dos Farmacêuticos) exige a compra de um camião, de uma grua e mais uma infindável lista sempre exigida aos poucos.

Tendo passado não mais de 6 ou 7 anos após a compra da sociedade, depois de pago este novo investimento e quando começavam a distribuir lucros surgem os cravos, a Ferrageira foi nacionalizada e convertida como parte da Dimac voltando tudo ao zero.

Meus amigos vou a banhos, também eu aderi a essa linda moda do querido mês de Agosto, tanto critiquei este oitavo mês do ano que vim cá parar e temo ser difícil sair.
Seja como for os Santos vão de férias por uns dias repetindo a zona onde em 2000 passámos umas das melhores de sempre e sem dúvida as mais económicas (tema obrigatório para 2009... lembram-se na certa deste post).
Até breve.

Os Santos foram à bola novamente.
Desta vez na Catedral num final de tarde de um Agosto com sabor a Fevereiro.
O jogo prometia, em campo o nosso S.L. Maior Clube do Mundo Benfica vs A.C. Milan, no final o que esperávamos... a vitória.
O JoaQuim defendeu 4 penaltis e já está mais um troféu nesta pré-temporada.
Por mim até pode ter sido um joguito a feijões mas só de ver aquele sorriso do meu Pai já ganhei o meu campeonato.

2009/08/07

Traumas

Sabendo que os traumas da colonização portuguesa estão ainda bem presentes nos “nossos” países africanos, nas pessoas que lá viveram e nas que lá ficaram, é Moçambique pelas razões óbvias e conhecidas que me faz parar muitas vezes para pensar sobre tudo e mais alguma coisa.
Deixo-me ir em pensamentos e tentativas de chegar a conclusões que servem para tudo, para preencher a minha mente, para distrair-me, para encurtar os mais de 7.000km de distância, para convencer-me que mais tarde ou mais cedo vou mesmo lá parar.
Neste momento considero-me limpo ou purgado da parte que me tocava desses traumas, a viagem feita em Junho do ano passado serviu quase sem que me apercebesse também para isso, estou livre da carga negativa das imensas e boas histórias vindas de todos os lados, livre das histórias ouvidas durante anos e anos acerca da injustiça da descolonização ou dos bens perdidos.
A fúria colou-se nos bens perdidos mas para mim o pior de tudo foi a grossa fatia cortada à vida das pessoas que eram felizes… eram realmente felizes.
Apesar de me considerar limpo desses traumas e motivado em parte por esta notícia que na realidade deixou-me muito triste e chateado ocupei-me agora a divagar, em jeito de vingança, pelos traumas dos Moçambicanos do lado de lá, dos que actualmente lá vivem, dos nomes das ruas e da designação dos partidos políticos.
Sem qualquer ponta de presunção gostava de ver Moçambique dar mais um passo em frente e exemplar perante os restantes países vizinhos isto porque considero que actualmente não faz qualquer sentido manter-se a designação dos 2 principais partidos.
Porque não mudar?
Frelimo – Frente de Libertação de Moçambique… frente de libertação do quê? Renamo – Resistência Nacional Moçambicana… resistência nacional a quê?
Não estará na altura de virar a página?
O que me deixou triste e chateado na tal notícia e porque sempre fui português mas sem nunca renegar Moçambique, daqueles que até está a pensar em pedir a dupla nacionalidade só mesmo para fazer sorrir o meu coração, foi esta frase:
... a Comissão Municipal de Toponímia da Cidade de Maputo deliberou no ano findo a substituição de todos os topónimos acima descritos na cidade de Maputo. Aliás, no entender da Directora Municipal Adjunta do Planeamento Urbano, Teresa Chissequere, a substituição justifica-se pelo facto de que “as personalidades portuguesas não deram nenhum contributo ao país”.
E mais esta:
... esta substituição visa responder a um dispositivo da valorização da cultura moçambicana e do bem comum do seu povo, pelo que “ a toponímia herdada do tempo colonial remete-nos às mazelas da opressão do nosso povo”.
Do que sempre soube foi que em 1975 tudo o que em Moçambique tinha algum cheirinho a Portugal foi alterado facto esse que até considero perfeitamente normal no contexto da época.
O que já não acho nada normal é a ainda necessidade em "pegar" nisso para justificar o que quer que seja, Moçambique faz e fará o que bem entender de si próprio, eu só quero é que evolua, cresça, progrida e que todos lá vivam melhor.
Se em 1975 "limparam" quase tudo o que cheirava a Portugal em 2009, 34 anos depois, creio que pouco haverá para "limpar".
Se em 1975 os nomes de Mouzinho de Albuquerque, António Enes, Massano de Amorim, Manuel de Arriaga, Miguel Bombarda, Craveiro Lopes, só para citar alguns com maior destaque na cidade das acácias nada diziam a Moçambique pelas razões que bem entendi no seu devido contexto pergunto o que contribuíram ou o que continuam a representar:
Ho Shi Min?
Karl Marx?
Vladimir Lenine?
Salvador Allende?
Friedrich Engels?
Olof Palme?
Kim Il Sung?
Mao Tse Tung?
Ou o que contribuíram para além de eventualmente algures na década de 60 e no início de 70 terem apoiado a resistência ou a causa:
Patrice Lumumba?
Julius Nyerere?
Ahmed Sekou Touré?
Mohamed Siad Barre?
Marien Ngouabi?
Kwame Nkrumah?
Kenneth Kaunda?
Dar-Es-Salam?
Todas estas personalidades (e uma cidade) dominam as principais ruas e avenidas de Maputo, e Maputo para mim representa Moçambique no mundo, quer-se valorizar a cultura moçambicana mas exceptuando Eduardo Mondlane que rua ou avenida principal honra outra personalidade moçambicana?
Eusébio ou Mário Coluna serão para muitos traidores, Mia Couto, Malangatana ou Maria de Lurdes Mutola nada representam?
Av./Rua de Portugal não encontrei no mapa de Maputo, Rua de França, Av. de Angola ou do Zimbábue sim encontrei.
Confundir políticos ou gente com poder em Moçambique e perguntar porque continuam a renegar Portugal é quase crime, o que se sente no verdadeiro povo não é isso, eu próprio não senti isso no povo em relação a Portugal, só que dói.
Esses políticos e gente de poder serão talvez os mesmos que pedem a Portugal o perdão da dívida.

Talvez poucos saibam mas eu desde ontem ou anteontem (não interessa ao certo quando) que sei que Portugal teve afinal mais uma ex-colónia em África.
É isso mesmo tivemos mais uma.
Em conversa com a minha filha e a propósito das férias de uns amigos muito próximos fiquei a saber que também andámos por CALDO VERDE.

Eh vocês aí? Divirtam-se em Caldo Verde.

2009/07/26

Espelho meu

Espelho meu, espelho meu, haverá alguém que passe a ferro como eu?
"madame est servie" é a proposta do site francês aissalogerot http://www.aissalogerot.com/

2009/07/23

Da minha janela...

Pontevedra

2009/07/15

Blog de Escuta #20

Coisa de miúdo… bastava ver uma guitarra Fender Stratocaster vermelha e branca e ficava doido… era o que queria… era só o que queria.*

Muito contribuiu para essa “doença” um individuo com boa pinta que tinha a mania do culto da personalidade, que não abria a boca, não precisava de a abrir, tocava-a e muito bem.

Tocava-a da maneira que mais aprecio.

Este e alguns da minha elite de guitarristas são os poucos capazes de ter um estilo tão próprio e único que, mesmo não conhecendo o tema, ao ouvir reconheço-os de imediato.

Gente como Mike Oldfield é assim.

Estávamos em 1984, Oldfield ainda colhia os bons créditos de Moonlight Shadow editado cerca de um ano antes, eis que surge este To France que aqui vos deixo.

interprete: Mike Oldfield

tema: To France

álbum: Discovery

ano: 1984

* Em 1997 consegui comprar uma igualzinha, a Fender Stratocaster vermelha e branca, ao Zétó que ainda hoje me diz “um dia quero-a de volta”… já lhe prometi… a vender só a ele.

A estabilidade no que respeita à paz instalada em Moçambique é uma realidade no entanto estamos perante um país de África com as suas características muito próprias, as heranças e os conceitos de um passado europeu não muito distante estão esquecidos e para uma maioria de moçambicanos esse legado foi “coisa” certamente não vivida.
Segundo relatos de um simpático e “virtual” conhecido meu, um português que vive actualmente em Maputo com quem troquei uns mails e que aqui exponho de forma muito resumida, podemos ouvir disparos de AK47 feitos pela própria polícia numa “simples” perseguição.
Provavelmente os habitantes locais encolhem os ombros num claro sinal de que para além do facto de um tiro poder magoar alguém nada de anormal se trata.
Nessa perseguição o bandido foi capturado sendo que surge posteriormente com um tiro cravado no pé, é que… “a policia em Moçambique atira ao pé”… “depois de capturar o bandido”.
No último almoço domingueiro na CP (casa dos pais) contava com orgulho e detalhe este episódio quando o meu tio, também ele um ex-habitante da capital de Moçambique, meio a brincar meio a sério sai-se com esta “o tiro no pé é para marcar o tipo”… ficámos todos meios brutos a olhar para ele!
Sim é para marcar o tipo… é o registo criminal à moda de África” diz seguido de uma gargalhada à moda dele!
Quando um bandido é capturado a primeira coisa que devem fazer é tirar-lhe o calçado… se existir… e confirmar se esse é o primeiro delito cometido ou não... se for o primeiro delito o pé tá porreiro e toma lá tiro... se já tiver buraquinho... é capaz de não ser agradável
Fiquei pensativo, não consigo deixar de admitir que possa ser mesmo assim, registo criminal deve existir certamente... mas quando? Depois dos 2 pés furados?
Uma policia que persegue a tiro um “bandido” por não ter pago umas cervejas e que lhe “espeta” com um balázio no pé só pode ser regra.
Esta história (e não só) pode ser lida aqui no blogue do Lupo o "Alunagem".

2009/07/02

27:13.81”

Na altura não prestei a devida atenção, era puto e ia vendo a corrida influenciado mais pelo entusiasmo das pessoas que estavam no café do meu pai do que por vontade própria, foi notável, Portugal tinha colocado dois atletas nos dois primeiros lugares e, como se fosse pouco, o recorde do mundo tinha caído nesse dia e eu a ver aquele feito a meias com tudo o resto sem importância que se passava à minha volta.
Foram quase 9 os segundos retirados ao anterior recorde do mundo, há 25 anos, foi a corrida da vida de Fernando Mamede.
Durante 5 anos o recorde mundial dos 10.000m manteve-se inabalável, a marca 27:13.81” de Mamede manteve-se até 1989 e não será de deixar de avaliar e valorizar o facto de nos últimos 32 anos (pelo menos) não mais um Europeu ter conseguido entrar nessa lista de heróicos recordistas do mundo, o resto da história recente da distância é dos habituais Quenianos e Etíopes com um Mexicano e um Marroquino pelo meio.
Dizem que era fraco psicologicamente, ele próprio admitiu-o, dizem que se não fosse o seu (nosso) conterrâneo que ficou em 2º lugar nessa mesma corrida Mamede nunca chegaria à melhor marca mundial. Alguma vez escreveram um texto de Mamede sem referirem o nome do 2º classificado? Será este o primeiro?
Portugal nunca perdoou aquela desistência na final dos 10.000m nos Jogos Olímpicos de Los Angeles depois de ter ganho a corrida de classificação, os putos da minha rua chamavam-lhe Mamerde, eu também, hoje envergonho-me. Pensando bem… que cruz anda a carregar este homem.
Fernando Mamede está na altura do país pedir-te desculpa e dizer-te obrigado, foste o melhor do mundo, és um orgulho e és do meu país.

2009/06/29

Blog de Escuta #19

Chamem-lhe falta de inspiração mas o que é facto é que ando sem assunto, uma possível fase passageira que acaba por rotineiramente instalar-se, posso sempre atirar à defesa com um “tenho mais que fazer”.
Isto para dizer que vou falar-vos de música apesar de não ser pouco e de qualidade o que aqui tem sido postado pelo nosso Banderas mas agarrado a tal falta de inspiração não consigo evitar o tema e sigo a tendência da nossa holliwoodesca estrela.
Regra geral é que gosto de tudo mas quando o gostar passa para o nível seguinte vou mais longe e tento saber quem é ou quem são os músicos, de onde são, quantos álbuns editaram e tento conhecer esses mesmos álbuns.
A minha última vítima é o ex-namorado da Jennifer Aniston, sim essa mesma, a ex-namorada do Brad Pitt, é irritante não é?
O rapaz é um músico de excelência, um guitarrista como eu gostaria de ser, excelente voz, é já muito maior na música do que alguma vez a Jennifer será no cinema só que é assim que ele é conhecido em quase todo o mundo mas principalmente na Europa que quase não conhece o seu trabalho… o ex… enfim… falo-vos de John Mayer.
O vídeo que aqui publico foi a explosão do pouco que já tinha retido, entrou directo naquele pequeno grupinho dos que quero descobrir e ouvir tudo o que tem.
Bigger than my body, apesar de admitir não ser a mais ser a mais consensual canção a divulgar deste tipo, mexeu comigo e quando ouvi a explicação da letra ainda mais se entranhou em mim.
“ 'cause I'm bigger than my body gives me credit for”.
É de campeão, é realmente isto que precisamos, a verdade é que somos maiores que o limite que o nosso corpo nos impõem… muito maiores… falta é passar esse limite abdicando das justificações para não o fazer.
Então até breve que vou ali ultrapassar o meu corpo e já volto.
interprete: John Mayer tema: Bigger Than My Body álbum: Heavier Things ano: 2003

2009/06/25

Mozambique Inside

Para todos aqueles que, como eu, vieram ao mundo com um autocolantezinho no corpo a dizer MOZ. INSIDE partilho aqui um blogue que recentemente descobri e que venho a ler diariamente.
Trata-se de um blogue de um brasileiro que resolveu mudar o rumo da sua vida e foi trabalhar para Maputo e aí retrata um pouco da sua vida na capital de Moçambique.

2009/06/23

Encontrei-te

Aproveitando a dica de um blogue que sigo com regularidade destaco aqui o lado familiar de uma rock star, o poder de uma foto pode ser imenso ao ponto de reduzir uma "estrela" ao simples universo daquilo a que afinal todos somos... uma família... dentro desta grande família que é a humanidade.
Esta foto é apenas um mero exemplo de entre umas dezenas que Revista Rolling Stone resolveu disponibilizar, Kurt Cobain com a filha Francis Bean Cobain (sete meses antes da morte do músico).
As fotos podem ser vistas aqui (vão fazendo "next" ok? :))